sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DILEMA DE UM CORAÇÃO APAIXONADO (versão sintetizada)

A estatística do BLOG informa que o presente artigo tem alcançado um grande número de acessos pelo Google e Orkut. Por esse motivo, estou republicando uma versão sintetizada (a versão completa foi publicada em março de 2008 no BLOG, e no Jornal Esperança em 2009. 


DILEMA DE UM CORAÇÃO APAIXONADO
(versão revista, corrigida e sintetizada)



Pb. Carlos Rogério Alves
Bacharel em Teologia 


Como é gostoso estar apaixonado! Um suspiro ao lembrar da pessoa amada, um friozinho na barriga quando ouvimos sua voz, sem falar que, quando estamos apaixonados, a voz de nosso amor soa como música aos nossos ouvidos. A paixão tem a virtude de transformar o mais insensível dos mortais numa pessoa meiga e delicada. Pois sem percebermos, a paixão nos agarra com seus braços flamejantes. Conseqüências? Ora... Começamos a rir à toa, dançar sem música e até a cantar para todo mundo ouvir. Ah! Um coração apaixonado é tão bobo!

Quão maravilhoso seria se fossemos apaixonados na nossa devoção a Deus. É comum cantarmos nos momentos de louvores em nossas comunidades, belas músicas cujas letras declaram frases do tipo: “quero me apaixonar outra vez”; “apaixonado por você Senhor estou”, dentre outras. Não obstante, na prática não é verdadeira essa devoção apaixonada. Pois, se estamos apaixonados por Deus, por que passamos tão pouco tempo em sua presença? Se estamos apaixonados por Deus, por que conversamos tão pouco com ele? Quando nos apaixonamos por alguém, ansiamos estar na presença da pessoa amada. 


O apaixonado jamais fingirá indiferença pela pessoa amada. Quem está apaixonado não vive mais para si próprio, e sim, para quem ele ama. É fácil falar que estamos apaixonados por Deus, mas, ao observar o nosso comportamento, chego à infeliz conclusão de que somos muito indiferentes para com o Senhor. Se somos apaixonados por Deus, por que somos tão apáticos ao falar dele para nossos amigos? Se somos apaixonados por Deus, por que não o defendemos quando pessoas o ridicularizam? Defender a seleção Brasileira com eloqüência e entusiasmo é considerado uma atitude de paixão pela camisa canarinha, todavia, defender o nome de Deus como se estivesse defendendo a própria honra, é tido como fanatismo. Será, meu caro leitor, que o que você sente por Deus realmente é paixão?

Um sorriso desconsertado, um brilho no olhar, um gesto de carinho... são algumas das atitudes indeléveis no comportamento do apaixonado. O apaixonado vive tentando provar o seu amor para a pessoa amada. Quando estamos apaixonados não importa o que os outros pensem de nós. O que importa mesmo é viver para agradar a pessoa desejada, podendo até fazer coisas inusitadas, por este motivo, o apaixonado é visto como um louco.

Talvez, além dos sintomas supracitados, você esteja rindo à toa, com falta de atenção... e por falar nisso, é bem provável que você nem esteja prestando atenção nesta narrativa. Se isto estiver acontecendo, não fique preocupado, abra um sorriso, e seja bem vindo ao Clube dos apaixonados!

Preste atenção do que vou te falar. É muito gostoso se apaixonar, ter alguém para compartilhar seus sentimentos e trocar gestos de amor e carinho. Porém, maravilhoso é ser correspondido pela pessoa amada. Queria te dizer que existe uma pessoa que é caidona por você, essa pessoa só vive te observando, mesmo sem você perceber. Essa pessoa encanta-se todas as vezes que você dá um sorriso e pára tudo o que está fazendo somente para ouvir a sua voz. Você não sabe disso, mas essa pessoa às vezes até chora, esperando que você possa corresponder a esse amor.

Essa pessoa é Deus. Isso mesmo! Deus é apaixonado por você. Ele te manda flores em toda primavera, te ilumina com o brilho do sol, além de embelezar suas noites com o glamour das estrelas. Todos os dias ele está a gritar: - estou apaixonado por você, vamos marcar um encontro no fim de semana? E você responde: - não posso Senhor, estarei ocupado(a), e durante a semana estarei empenhado(a) no trabalho e nos estudos, sem falar que no tempo de folga marquei para sair com os amigos. Infelizmente não tenho tempo, deixa para outra oportunidade, tudo bem?

E com essa atitude você mostra muita indiferença com a pessoa que te ama com o maior amor do universo. PENSE NISSO.

A GRAÇA DE DEUS

A GRAÇA DE DEUS



Pb. Carlos Rogério Alves
Bacharel em Teologia





Costumamos dizer que o nosso Deus é o "Deus de toda graça", e que estamos vivendo na dispensação da graça de Deus. Estamos corretos, porém, qual é o significado da palavra graça?

Etimologicamente, a palavra graça vem do latim, gratia, cujo significado vem a ser favor imerecido, ou seja, aquilo que recebemos sem merecermos. No contexto bíblico, a palavra - graça - tem um significado mais profundo:

No antigo testamento a palavra graça, no hebraico, é chen, da raiz chanan. Com o sentido de curvar-se ou inclinar-se em bondade para com um inferior.

No novo testamento a palavra graça é oriunda da palavra charis (pronuncia-se Karis), da mesma raiz de chara (pronuncia-se kará), que significa "alegria", e chairo, "regozijar". Diante destes termos, compreendemos que charis (graça) causa regozijo, pois significa favor e bençãos imerecidos.

Observe, caro leitor, que a graça nunca poderá ser uma benção que um individuo possa adquirir por seu próprio direito. Afinal, graça é Deus demonstrando tão somente amor e misericórdia, quando merecíamos somente ira e castigo.

Tive a oportunidade de conhecer a graça de Deus na minha infância.  Lembro-me como se fosse hoje. Estava com oito anos de idade, quando, numa certa tarde, carreguei meu irmão, que nesta época tinha meses de nascido, e fomos brincar no andar inferior da casa. Ao descer as escadas, perdi o equilíbrio, e desci rolando escada abaixo. Lembro-me de ter segurado o meu irmão bem forte, antes de parar no ultimo degrau. Nesta hora a vizinhança compareceu em peso na frente da nossa residência, depois de ouvir os gritos desesperados de minha mãe: "meus filhos morreram!". 

Meu pai, com um olhar estupefato, não teve reação. Quando de repente, meu irmão começou a gatinhar, e eu, miraculosamente, levantei-me sem nenhum arranhão! Ainda trêmulo, devido ao susto, me dirigi à minha mãe com as seguintes palavras, embora de forma gaguejante: mãe, eu vi Jesus me segurando.

As pessoas que ouviram isso, poderiam interpretar como fantasia de uma mente infantil, se não fosse o fato dos mesmos terem presenciado o momento após a queda, e o fato de não termos sofrido nenhum arranhão, muito menos fraturas no corpo. 

Atribuo este fato à graça de Deus na minha vida. Eu e minha família ainda não tinhamos passado pela experiência da conversão, não obstante, o Deus verdadeiro, me prestou o seu favor imerecido, para que o nome do Senhor Jesus fosse glorificado. Bendito é o homem que acha graça aos olhos de Deus.


SOLI DEO GLORIA!