quinta-feira, 3 de julho de 2008

Aos visitantes deste BLOG


AOS VISITANTES DESTE BLOG



"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Análise do Pacto de Lausane

Análise do
PACTO DE LAUSANE


Pb. Carlos Rogério Alves
Bacharel em Teologia



O Pacto de Lausanne foi um grande congresso mundial de evangélicos que ocorreu em 1974 em Lausana, na Suíça, onde foi criado um comitê mundial das igrejas evangélicas. Lideres evangélicos se reuniram e assinarm o referido pacto. A partir desse momento abriu-se uma porta para o dialogo cultural entre as igrejas. Na presente dissertação, portanto, analisaremos os capítulos 11, 12 e 14 do Pacto de Lausane à luz do contexto doutrina, moderação, paciência e juízo, traçando em seguida um paralelo com o capitulo 17 do Evangelho de João.

“Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes[...]”. (Art. 11)

Diante de tal afirmativa que reza o art. 11 do pacto em apreço, sentimos a necessidade iminente em refletir que tipo de cristianismo está sendo vivido nas igrejas hoje, e qual tem sido o papel dela neste mundo. Realmente a grade preocupação das igrejas hoje tem sido atrair novos membros para suas comunidades, porém ao invés de evangelismo e discipulado, usa-se recursos variados de marketing, métodos estes, muito usados nas empresas modernas, que aderem ao marketing de rede. Quero que fique claro que não tenho nada contra o marketing, nem à novas estratégias que visem atrair as pessoas para a igreja, até porque as estratégias, inclusive de marketing é eficiente no processo de evangelização, desde que seja usado com sabedoria. Aqui entra a questão da moderação. Pois quando a igreja exerce a sua função de sal e luz neste mundo, evangelizando e discipulando, entregando pessoas regeneradas à esta sociedade perversa, está entendendo a proposta do evangelho. Quando a igreja prioriza o crescimento numérico ao invés do espiritual ela está doente.

“Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e postestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial [...]”. (Art. 12)

É imprescindível que ao nos emprenhamos no labor da obra missionária, tenhamos em mente que se trata de um conflito espiritual. Pois como ministros de Deus, trabalhando em favor do Reino da Luz, resgatamos vidas das mãos de satanás, tirando-as do reino das trevas. Com isto, as potestades do mal farão de tudo para impedir esta obra.
“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do Mal”. (Jo 17.15).

Sabedor desta grande verdade, Jesus na sua oração intercessória, roga ao Pai que livrasse seus discípulos do mal. Não obstante a todos estes conflitos espirituais que a igreja missionária está sujeita, prefiro ficar com as palavras de Jesus: “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Ao analisar o Art. 14 do Pacto de Lausane, gostaria de colocá-lo na integra, pois considero o artigo áureo do referido pacto.
“Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.”
Doutrinariamente este artigo torna-se um dos principais fundamentos da nossa convicção como igreja missionária. Pois a igreja para ser bem sucedida no labor missionário, a mesma precisa, ou melhor, DEPENDE do poder do Espirito Santo. Tanto é que a ordem do Senhor para sua igreja foi que os cristãos permanecessem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder. A igreja precisa rever no seu contexto missionário a doutrina do Espirito Santo, este agente divino, a terceira pessoa da trindade que concede poder à igreja para que esta tenha autoridade, intrepidez e ousadia ao testemunhar de Cristo Jesus.



Soli Deo Glória!

Martinho Lutero

Comentário do Filme
MARTINHO LUTERO


Pb. Carlos Rogério Alves
Bacharel em Teologia

“Qualquer alemão consegue ler o que ele escreve.” Com essas palavras um dos cardeais se queixa diante do Papa pelo prejuízo que a igreja estava enfrentando. Esta queixa não era somente pela revolução liderada por Lutero, mas principalmente pelas suas obras literárias.
A literatura teve uma importância sem igual na reforma protestante liderada por Lutero. O mundo católico passava por um momento obscuro na sua história, no que diz respeito às obras literárias, principalmente as que iam de encontro à igreja católica. Os leigos, como eram chamados os fieis que não faziam parte do clero, eram vítimas fáceis de serem manipulados. Até porque a cultura literária não fazia parte da realidade que os mesmos estavam inseridos. Quem pouco lê, pouca capacidade crítica possui. Se um indivíduo é alienado da consciência crítica, logo, o mesmo será mais um com pouca capacidade de argumentação.
Com isso a Igreja Romana se tornava cada vez mais forte, por manipular a consciência dos seus membros. Através de panfletos, contendo mensagens do Papa ou de cardeais, a referida igreja conseguia arrecadar grande fortuna dos seus fieis, que pensavam estar ajudando a resgatar as almas dos seus ente queridos do purgatório. Numa certa manhã, uma senhora apresenta ao professor Lutero uma carta de indulgência assinada por um arcebispo. Pensando a mesma que a referida carta teria poder para libertar a alma da sua filha. Este fato fora imprescindível para fortalecer a sede por verdade que brotava do coração deste teólogo.


Finalmente uma luz no final do túnel. Lutero inicia sua jornada rumo à reforma teológica, equipado apenas com duas armas: a fé e a escrita. Com uma caneta na mão, e um papel esticado sobre a escrivaninha, Dr. Martinho Lutero começou a escrever as suas primeiras obras literárias. Dentre elas estavam as 95 teses, que questionavam a autoridade do Papa, além de combater a cobrança das indulgências. A literatura luterana proporcionou a seus leitores uma consciência crítica e uma mente aberta. O exemplo disso são aquelas pessoas que outrora eram alienadas e manipuladas, e depois passaram a indagar-se: “Se as indulgências são eficazes e o Papa é um homem piedoso, por que ele cobra pela aquisição das mesmas?” Visualizamos quão influente fora a arte literária no processo de conquista da opinião pública.
Concluímos, portanto, que a Reforma não teria tanto êxito se não sem a influência da literatura. Zurique, um dos amigos de Lutero corrobora quando diz: “Quero que os Holandeses sintam o que eu senti quando li a palavra pela primeira vez”. Sigamos o exemplo deste nobre teólogo, que para combater as heresias a dotou o papel e a caneta como as suas inseparáveis ferramentas. Por isso, mesmo depois de morto, Martinho Lutero ainda prega. “O justo viverá da Fé”.

Soli Deo Glória.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Que é Teologia


O Que é Teologia?


Prof. Dr. Leonardo Boff



Teologia como a palavra sugere é o discurso sobre Deus e de todas as coisas vistas à luz de Deus. Constitui uma singularidade de nossa espécie que, num momento da evolução de milhões de anos, tenha surgido a consciência de Deus. Com essa palavra - Deus - se expressa um valor supremo, um sentido derradeiro do universo e da vida e uma Fonte originária de onde provêm todos os seres.
Esse Deus sempre habita o universo e acompanha os seres humanos. Os textos sagradas das religiões e das tradições espirituais testemunham a permanente atuação de Deus no mundo. Ele sempre atua favorecendo a vida, defendendo o fraco, oferecendo perdão ao caido e prometendo a eternidade da vida em comunhão com Ele.
Pertence à fé dos cristãos afirmar que Deus se acercou da existência humana e se fez Ele mesmo Deus em Jesus de Nazaré. Assim a promessa de união benaventurada com Ele se antecipa e será a destinação de todos os seres e da inteira criação.
Entre as muitas funções da teologia, hoje em dia, duas são mais urgentes: como a teologia colabora na libertação dos oprimidos que são nossos cristos crucificados hoje e como a teologia ajuda a preservar a memória de Deus para que não se perca o sentido e a sacralidade da vida humana, ameaçada por uma cultura da superficialidade, do consumo e do entretenimento. Devemos unir sempre fé com justiça donde nasce a perspectiva de libertação e importa manter a chama da lamparina sagrada sempre acesa, donde se alimenta a esperança humana de um futuro bom para a Terra e a humanidade.”

Todo Homem pode vir à Cristo?

Análise crítica do artigo:
“TODO HOMEM PODE VIR À CRISTO?



Dc. Carlos Rogério Alves
Seminarista



O texto em análise consiste num dos assuntos mais controversos e fascinantes do universo teológico. Todavia o autor se mostra completamente despreparado e pouco conhecedor da maior arte que um teólogo não pode desconhecer, a hermenêutica (arte de interpretar o texto). Por este motivo o escritor se contradiz em diversos parágrafos. Passaremos, portanto a refutar e criticar a tese do referido escritor tomando como base as suas próprias contradições.
Baseado no tema “Todo homem pode vir a Cristo?”, o teólogo C.D. Cole, reza que ninguém pode vir a cristo, se o Pai não o trouxer. Não podemos negar esta grande verdade bíblica e teológica. Não obstante, não concordamos com a tese de que “o homem não vem a Cristo porque a sua vontade está escravizada”, conforme ele advoga no terceiro parágrafo. Até porque se lermos João 6.40, veremos que o que está em apreço é a fé em Jesus para a salvação, ou a não-crença para perdição. Haja vista, se lermos todo o contexto, como a hermenêutica exige, veremos que Jesus falava com os judeus incrédulos. O escritor corrobora conosco ao se contradizer no primeiro tópico do 4º. Parágrafo: “Vir a cristo é crer em cristo”. Por isso que os que crêem vem a Cristo e os que não crêem não vem a Cristo. Os incrédulos (neste contexto, os judeus) não podiam vir a Cristo porque não criam nele.
Outrossim, no segundo tópico do quarto parágrafo, Cole tenta nos persuadir, distorcendo Lc. 14. 16-23. Dizendo que o rei relatado na parábola convidou a muitos para as bodas, porém os convidados não compareceram. E o mesmo conclui eloquentemente dizendo: “Meu convite pra ‘quem quiser’ trouxe alguém”? Não! Com esta analogia o escritor defende a tese de que o convite não atrai ninguém a Cristo, porque se o pecador recebe um convite, o mesmo poderá atender ou não, dependendo da sua vontade, e se a sua vontade está escravizada, logo, a sua resposta ao convite será negativa. À olho nu o eloqüente argumento de Cole parece ortodoxo, porém, quando analisado à luz da bíblia o mesmo se dissolve. Pois se o mesmo tivesse a coragem de analisar o contexto do capítulo 14 de Lucas, e fizesse um paralelo com Mateus 22.1-19, veria que Jesus se referia aos fariseus.
A mensagem verdadeira do texto é esta: os judeus rejeitaram a Jesus, porém, nós, gentios, o recebemos de corações abertos. João corrobora conosco dizendo: “veio para os que eram seus, porém os seus não o receberam, mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: AOS QUE CREÊM no seu nome. Os simpatizantes desta linha teológica a qual o escritor está inserido, poderia me responder: Os gentios só aceitam a Jesus porque foi incondicionalmente atraídos por Deus. Porém , nós refutamos com a seguinte indagação: será que Deus não teve poder de atrair também os judeus? E, se Deus deseja que todos se salvem, porque não atrai logo a todo mundo?
Concluímos, dizendo que não é a vontade do homem que está escravizada, e, sim, a sua natureza. Porque Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Miserável homem que sou! (Rm 7.19-20 e 24), observamos neste texto que a vontade do homem é livre, porém a sua natureza é pecadora, por isso o mesmo não tem forças para cumprir a sua vontade. E a nossa crença é que neste momento a terceira pessoa da trindade entra em ação para dar forças ao pecador. Portanto, como advogado da genuína fé cristã e apostólica, peço a não crença nesta tese anti-bíblica e não-ortodoxa apresentada pelo teólogo supracitado.
AGUARDEM A CONTINUAÇÃO.....

terça-feira, 15 de abril de 2008

Súplica de um Seminarista

SÚPLICA DE UM SEMINARISTA
Salmo de Carlos Rogério, quando sua alma se encontrava abatida.





Dc. Carlos Rogério Alves
Seminarista



Ó comandante da minha alma! Dá ouvido à minha oração!

Sinto-me desanimado e esmorecido, por causa das lutas que aparecem em meu caminho.

Não está me vendo Raboni? Por que Tu não entras com providência e me livra desta angustia?

Não permita Senhor! Não! Não permita que o stress e o prélio calem o meu louvor.

Como uma andorinha sem verão, como uma ovelha sem pastor, assim seria eu sem poder te louvar. Se não for para te exaltar, qual seria então a razão do meu viver?

Gostaria de entender por que algumas vezes nos encontramos num alto monte, e em outros no mais profundo vale.

Deus meu! Raboni! Ah meu amigo! Por que teus servos passam por momentos de desanimo? Por que os justos sofrem? Faz-me entender estas coisas Senhor.

Será que tu não percebes que eu preciso de tua ajuda? Então Raboni? Então por que tu ficas em silêncio? Por que te calas quando eu preciso ouvir a tua voz?

Escuta a minha oração, Senhor, presta atenção às suplicas deste seminarista. Se tu fosses humano eu ligaria para seu celular, ou mandaria uma mensagem para seu e-mail.

Mas não Raboni, Não! Tu não és humano, tu és Deus! Basta dobrar meus joelhos e elevar meu coração para minha voz ser ouvida por ti.

Vou esperar as nuvens negras passarem, pois sei que ainda que o céu esteja nublado o sol não deixa de flamejar.

Exaltarei e louvarei o Teu Nome, pois tu és meu Deus. O Brasil saberá que o meu Raboni está vivo!!! Amém.

sábado, 12 de abril de 2008

O Músico com uma Mensagem Avivadora

Características de um músico cristão
Mensagem pregada na Rádio Cruzeiro da Bahia



Dc. Carlos Rogério Alves
Seminarista




A música gospel tem alcançado lugar de destaque no cenário fonográfico internacional. Inclusive, o Prêmio Grammy, considerado o Oscar da música, já inclui a categoria gospel. É comum vermos alguns músicos seculares ao ser entrevistados pela imprensa declararem serem evangélicos. Não obstante, nos decepcionamos pelo fato de vermos em programas de TV alguns dizerem ser cristãos, mas infringirem os princípios bíblicos ao cantarem músicas mundanas, profanas e até sensuais! Ferindo a fé apostólica e entrando assim pelo caminho da depravação moral. A respeito destes, profetizou Isaías: - Este povo se aproxima de mim diz o Senhor Deus; com os seus lábios me honram, mas o seu coração está longe de mim.
Baseado neste contexto nos vem a seguinte indagação: COMO RECONHECER UM MÚSICO CRISTÃO GENUÍNO? Foi pensando no esclarecimento desta questão, que decidimos explanar o seguinte tema: CARACTERÍSTICAS DE UM MÚSICO CRISTÃO.


Antes de qualquer coisa, o músico cristão deve ter a consciência de que antes dele ser um músico, primeiramente ele deve ser um crente. Caso contrario, ele será mais um profissional em busca de sucesso e popularidade. Nestes últimos dias, muitos se dizem “músicos gospel”, simplesmente para entrarem no mercado fonográfico cristão, mas na verdade não passam de lobos vestidos de ovelhas! Para evitar este engano, vejamos algumas características imprescindíveis na vida de um musico cristão:




  • O músico cristão deve ser cheio do Espírito Santo.

O capítulo 16 de I Samuel, nos relata uma interessante história de um músico cheio do Espírito Santo.
O rei Saul foi atormentado por um espírito maligno e passou a ser perseguido por este assombro. Ao perceberem este mau na vida do rei de Israel, os seus criados deram-lhe um conselho:

- Diga pois a seus servos que busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito mau, da parte do Senhor, vier sobre ti, então, ele tocará com a sua mão, e acharás melhor.


Este conselho pareceu bom aos olhos de Saul, que logo mandou buscar tal músico. Mas havemos de convir senhoras e senhores, que tal missão não era para qualquer um, pois não era simplesmente de entretenimento que o rei precisava, e sim de LIBERTAÇÃO!
Logo, um dos servos do rei apresenta a solução do problema:

- Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença; o Senhor é com ele.

Eis aí a solução! Tinham descoberto não simplesmente um músico habilidoso, profissional, mas sim um músico que tinha a principal característica, o Espírito de Deus estava na sua vida.

- E sucedia que, quando o espírito mau, da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a tocava com sua mão; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.

Quando o músico é cheio do Espírito Santo, sua carreira é acompanhada de milagres, pessoas são libertas, curadas e edificadas.

- Quais os sinais que te acompanham quando você toca ou louva? Os cegos vêem? Os oprimidos são libertos?


- Ou você é mais um daqueles profissionais que se preocupam em produzir movimentos e entretenimento?

Hoje, no universo musical nas nossas igrejas, vemos muito movimento, “pupa-pula”, danças, mas infelizmente pouca espiritualidade, pouca oração da parte dos músicos. Misericórdia!

Afinal, você possui as características de um músico cristão?




  • O músico cristão deve ter mensagem para seus ouvintes.

No contexto do mundo em que nós vivemos, observamos muitas pessoas oprimidas, cheias de síndromes, complexos e até amedrontadas. E é nessas horas que não existe nada melhor do que uma palavra de consolo, para aliviar tal coração. Como estamos abordando o contexto musical, não podemos deixar de enfatizar a necessidade de nossos músicos se prepararem para enfrentar tais situações, no momento que a pessoa aflita precisar de sua ajuda, o mesmo ter de imediato algo da parte de Deus para seus interlocutores.
Infelizmente muitas músicas que são tocadas em nossas comunidades, não proporcionam auxílio para os aflitos, porque não tem conteúdo doutrinário. O corpo de compositores cria músicas como temos visto hoje, que servem como entretenimento e badalação, mas pouco se fala do poder regenerador do Evangelho, da inefável obra expiatória de Cristo no Calvário e do que Deus pode fazer na vida do pecador arrependido.
A Igreja carece de músicos comprometidos com o reino espiritual, que não se preocupam apenas com o profissionalismo, mas também com o devocional a Deus. Pois quando o mesmo põe o reino de Deus como prioridade, este será usado como canal para abençoar vidas, trazendo alívio ao desesperado.
Em II crônicas 20.14-17, vemos a história de um músico chamado Jaaziel que foi usado por Deus para trazer uma mensagem de conforto para o rei Josafá, que se encontrava desesperado por causa da invasão militar que estava preste a vir sobre Judá.
O rei Josafá enfrentava a maior ameaça militar do seu reinado. Os moabitas, amonitas e algumas tribos da região da Síria, se juntaram para conquistar e destruir Judá. Ao receber essa notícia, o referido monarca se desespera diante de tal situação, até porque Judá era um reino de cultura agrícola, não possuindo tamanho poder bélico para enfrentar aquele numeroso exército.
O rei Josafá reconhece que não poderia fazer nada e apelou para a resposta divina que chegou na ora certa:


- Então veio o Espírito do Senhor, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaias, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe,
E disse: Dai ouvido todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá; assim diz o Senhor: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus.


O jovem músico Jaaziel teve uma palavra da parte de Deus quando o povo mais precisava. E foi proporcionado alívio no coração dos judeus, ao saber que o Senhor Jeová seria o guerreiro que garantiria a vitória do seu povo. Este jovem tinha uma importante característica, possuía palavra para seus ouvintes!

-
O que você tem para oferecer para seus interlocutores?


- Você é um musico cristão de verdade?

- Ou será que você se preocupa apenas em proporcionar qualidade técnica e harmonia musical?




  • O músico cristão deve ter a consciência de que antes de ser um artista, é um instrumento nas mãos de Deus.

No salmo 71, o autor expressa a sua gratidão e reverência para com o Senhor Deus. Davi já não é mais aquele jovem cheio de gás e energia, que costumava correr atrás das malhadas. O nosso salmista chega à terceira idade, mas não perde o seu estilo de sempre enaltecer as obras de Deus através de seus cânticos e composições. Observamos neste salmista, uma característica muito linda, que é imprescindível que esteja presente na vida de todos os músicos cristãos. Davi tinha como prioridade, anunciar as boas novas de um Deus amoroso e companheiro. No versículo 7 ele diz:

- Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgio.



Apesar de toda a fama e habilidade que o mesmo possuía, o referido salmista mostra estar convicto que tudo vinha de Deus e que ele era apenas um instrumento nas mãos do Senhor.
Não estamos falando de um músico qualquer. Davi foi o maior compositor de salmos, autor de 73 deles, foi um líder político inesquecível e um homem segundo o coração de Deus. Mesmo assim ele não passou da condição de instrumento.
E ao sentir que já estava findando a sua carreira, pede a Deus mais um tempo de vida para que pudesse realizar o seu desejo, de anunciar a força do senhor àquela geração e através de suas composições influenciar as gerações futuras.

- Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.






quinta-feira, 20 de março de 2008

Dilema de um Coração Apaixonado

Dilema de um Coração Apaixonado






Pb. Carlos Rogério Alves
Bacharel em Teologia



Quem é que nunca se apaixonou por alguém? Seja por aquela coleginha do jardim de infância, seja por aquela pessoa que vimos pela primeira vez numa festa. Neste momento, escrevo essas linhas com um sorriso no rosto ao me lembrar que até por minha professora do jardim de infância fui loucamente apaixonado.

Como é gostoso estar apaixonado! Um suspiro ao lembrar da pessoa amada, um friozinho na barriga quando ouvimos sua voz, sem falar que, quando estamos apaixonados, a voz de nosso amor soa como música aos nossos ouvidos. A paixão tem a virtude de transformar o mais insensível dos mortais em uma pessoa meiga e delicada. Pois sem percebermos, a paixão nos abraça com seus braços flamejantes. Conseqüências? Ora! Começamos a rir à toa, dançar sem música e até a cantar para todo mundo ouvir. Ah! Um coração apaixonado é tão bobo!

Quão maravilhoso seria se fossemos apaixonados na devoção a Deus. É comum cantarmos nos momentos de louvores em nossas comunidades, belas músicas cujas letras declaram frases do tipo: “quero me apaixonar outra vez”; “apaixonado por você Senhor estou”, dentre outras. Não obstante, na prática não é verdadeira essa devoção apaixonada. Se estamos apaixonados por Deus, por que passamos tão pouco tempo em sua presença? Se estamos apaixonados por Deus, por que conversamos tão pouco com ele? Quando estamos apaixonados por alguém, ansiamos estar na presença da pessoa amada. Acredito que foi partindo desta verdade que o poeta Salomão escreveu seu lindo poema: “Eu abri ao meu amado, mas ele já se tinha retirado e ido embora. A minha alma tinha desfalecido quando ele falara. Busquei-o, mas não o pude encontrar; chamei-o, porém ele não me respondeu. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me; tiraram-me o manto os guardas dos muros. Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe digais que estou enferma de amor.”

O apaixonado jamais fingirá indiferença pela pessoa amada. Quem está apaixonado vive não mais para si próprio, e sim, para quem ele ama. É fácil falar que estamos apaixonados por Deus, mas, ao observar o nosso comportamento, chego à infeliz conclusão de que somos muito indiferentes para com o Senhor. Se somos apaixonados por Deus, por que somos tão apáticos ao falar dele para nossos amigos? Se somos apaixonados por Deus, por que não o defendemos quando pessoas o ridicularizam? Defender a seleção Brasileira com eloqüência e entusiasmo é tido como paixão pela camisa canarinha, porém, defender o nome de Deus como se estivesse defendendo a própria honra, é tido como fanatismo. Será, meu caro leitor, que o que tu sentes por Deus, realmente é paixão?

A palavra paixão vem duma raiz latina, passione, que segundo o gramático Aurélio Buarque de Holanda, significa amor ardente; Sentimento ou emoção levada a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão. Um sorriso desconsertado, um brilho no olhar, um gesto de carinho são algumas das atitudes indeléveis no comportamento do apaixonado. O apaixonado vive tentando provar o seu amor para a pessoa amada. Quando estamos apaixonados não importa o que os outros pensem de nós, o que importa mesmo é viver para agradar a pessoa desejada, podendo até fazer coisas inusitadas, por este motivo o apaixonado é tido por muitos como louco. Não sei se o leitor concordará comigo, mas seria enfadonho se a paixão não trouxesse consigo um pouco de loucura. A paixão não se aplica apenas à pessoa amada, mas também a um ideal, a uma profissão, em fim, a paixão é sublime. Se a paixão não tivesse um pouco de loucura, o que levaria um advogado, diante do grande júri defender o réu com tanto entusiasmo e convicção, como se estivesse defendendo a própria liberdade, se não fosse apaixonado por sua profissão? John Huss, o grande Teólogo e Evangelista, ao ser capturado pelos seus perseguidores e amarrado num tronco para ser queimado, foi provocado a negar seus ideais, e o nobre Huss respondeu: “hoje vocês podem matar o ganço, porém Deus levantará o cisne e ninguém o conseguirá deter”. Este nobre teólogo foi queimado vivo, mas não negou seus ideais, pois ele estava apaixonado por seus princípios. Se a paixão não tivesse um pouco de loucura essas atitudes não seriam possíveis.

Tenho algo a te dizer nesta dissertação. Talvez você esteja com esses sintomas da paixão que descrevemos acima. Noites sem dormir, rindo toa, com falta de atenção... e por falar nisso, talvez você nem esteja prestando atenção nesta narrativa. Se isto estiver acontecendo, não fique preocupado, abra um sorriso, e seja bem vindo ao Clube dos apaixonados.

Você concordará comigo que é gostoso se apaixonar, ter alguém para compartilhar seus sentimentos e trocar gestos de amor e carinho. Porém, maravilhoso é ser correspondido pela pessoa amada. Queria te dizer que existe uma pessoa que é caidona por você, essa pessoa só vive te observando mesmo sem você perceber. Encanta-se todas as vezes que você dá um sorriso. Essa pessoa pára tudo o que está fazendo somente para ouvir a sua voz. Você não sabe disso, mas essa pessoa às vezes até chora, esperando que você possa corresponder a esse amor.

Essa pessoa é Deus. Isso mesmo! Deus é apaixonado por você. Ele te manda flores em toda primavera, te ilumina com o brilho do sol, embeleza suas noites com o glamour das estrelas. Todos os dias ele está a gritar: - Estou gamado em você! Ei! estou apaixonado por ti, vamos marcar um encontro no fim de semana? E você responde: - não posso Senhor, estarei ocupada, e durante a semana estarei empenhada no trabalho e nos estudos, e no tempo de folga marquei para sair com os amigos, infelizmente não tenho tempo, deixa para outra oportunidade, tudo bem? E com essa atitude você mostra muita indiferença com a pessoa que te ama com o maior amor do universo.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O que Deus fazia antes de Criar o mundo?



Dc. Carlos Rogério
Seminarista


"Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligencia." (Jó 38.4)




Desde os mais remotos tempos a atuação de Deus antes da criação do cósmos tem sido muito debatida no universo teológico/filosófico. Antes de existir o universo, juntamente com os seus componentes, seja estes físicos ou metafísicos, microscópico ou macroscópico, racional ou irracional, Deus já existia. É imprescindivel que enfatizemos que Deus é auto-existente. Mas naturalmente surge a pergunta: O que Deus fazia antes de tudo existir?


Independentemente do mundo existir ou não, Deus sempre foi um Ser possuidor de uma inefável inteligêcia, um Ser comunicador, amoroso e eterno. Mas, para Ele ser comunicador é preciso que exista um interlocutor, não é verdade? Também, para Ele ser amoroso é preciso existir alguém para Ele expressar amor, concordar? Portanto, com quem Deus se comunicava antes da criação do mundo?


Deus se relacionava Consigo próprio antes de tudo existir. Deus não criou o mundo juntamente com seus seres simplemente para ter com quem conversar ou se relacionar. Pois, o mesmo dialogava e se relacionava Consigo próprio. Deus sempre foi uma comunidade de três pessoas. Eis aqui um misterio sobre o Glorioso Deus. Deus é um, é singular e sem igual, porém, subexistente em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não queremos dizer que existem três deuses, pelo amor de Deus, não é isso! Dizemos que Deus é uma unidade composta. mas o nosso objetivo nesta dissertação não é esgotar tudo sobre teologia sistemática.


Voltemos à nossa questão áurea. O que Deus fazia antes da existêcia do mundo? Antes de respondermos a supracitada indagação, é preciso saber o que o leitor entende sobre o sentido do verbo "fazer". Quando empregamos o verbo fazer, é preciso compreender qual o contexto que estamos tratando, pois etimologicamente fazer vem da palavra latina facere, que significa produzir física ou moralmente; construir ou edificar; produzir intelectualmente; proferir. Seja qual for o contexto que empreguemos o referido verbo, perceberemos que Deus sempre esteve em atividade. Antes de criar o mundo Deus fazia (v. facere) planos, arquitetava as suas leis físicas e morais, se gloriava da Sua própria essência, enfim, Deus sempre esteve ativo.


As atividades de Deus não se limitam ao cósmos (lat. Kósmos) ou ao mundo físico, pois o verbo facere não se refere somente à criação, mas, refere-se também à produção moral. Independente do mundo cósmico existir ou não, Deus sempre refletiu santidade, fidelidade, amor, graciosidade, enfim, antes de criar o mundo, a sua criação primordial fora a criação moral, que regeria a criação física, pois o cósmos é regido pelas leis morais do Grande Legislador do Universo.


O verbo facere refere-se também à produção intelectual. Deus desde a sua eternidade sempre possuiu inteligência (lat. intellectu). Antes de criar o mundo, Deus fazia planos, fazia as leis gravitacionais, traçava o princípio e o fim do próprio cósmos. Com isso, visualizamos a inefável e inquestionavel produção intelectual do Grande Deus. Antes de criar o mundo Deus arquitetava planos, fazia obra intelectuais. Se fossemos explorar este rico verbo, facere, seria preciso uma dissertação de no mínimo vinte páginas, mas com apenas a partícula do seu significado, comprovamos mais uma vez que antes de criar o mundo Deus já era produtor, ativo e intelectual.


Lamentamos muito por alguns colegas que tentam usar a questão em análise, O que Deus fazia antes de criar o mundo? , para implantar no universo acadêmico as suas teses e convicçôes ateístas, imorais e maliciosas, tentando provar a não existenciaa do maior Ser intelectual, moral e espiritual do Universo, Deus.


Portanto, sempre que alguém nos perguntar O que Deus fazia antes de Criar o mundo, responderemos que todasas atividades morais que Ele faz hoje, Ele já fazia antes do mundo ser criado. A indagção que tomamos como tema desta dissertação tem sido motivo de muitas polêmicas, pelo fato de existirem muitos que se acham "FILÓSOFOS", não obstante serem leigos no Latim e no Grego, pois se os mesmos as conhecessem, saberiam que o verbo facere não se limita à produção física, mas refere-se primariamente à produção moral e intelectual.


Concluímos, portanto, com a citação do Dr. Arthur W. Pink:


"Deus não estava sob coação, nem obrigação, nem necessidade alguma de criar. Resolver fazê-lo foi um ato puramente soberano de Sua parte, não produzido por nada alheio a Si. Deus não ganha nada, nem sequer com a nossa adoração. Ele não precisava dessa glória externa de Sua graça, procedente de Seus redimidos, porquanto é suficiente glorioso em Si mesmo sem ela. A importancia disto é que é impossivel submeter o Todo-poderoso a quaisquer obrigações para com a criatura, Deus nada ganha da nossa parte."(Pink, 2001).




Soli Deo Glória